ZIKA VÍRUS E SUAS VARIAÇÕES - PARTE II

Começo o post de hoje com as últimas informações do Ministério da Saúde (MS) referente à microcefalia. Preferi coletar dados do site do MS, pois há informativos atualizados com percentuais por regiões federativas de casos notificados de microcefalia para termos uma noção como é grandiosa e alarmante está doença que vem afetando a todo mundo.
O número cresceu consideravelmente nos
últimos meses. Foram notificados entre 2015 até a data da publicação, 27/02/2016,
5.909 casos de microcefalia; destes, 4.222 estão sob investigação. Assim, 1.046
foram investigados e descartados e 641 foram investigados e confirmados, dentre
microcefalia ou alteração no Sistema Nervoso Central (SNC), sendo a Região
Nordeste com maior índice de casos de microcefalia. É assustador
quando se observa os números.
http://www.bernardopilotto.com.br/files/2016/02/mapa_microcefalia-06.png
Ainda não há tratamento específico para
a microcefalia. Segundo, o MS, existe ações de suporte que podem auxiliar no
desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo
Sistema Único da Saúde (SUS).
Para orientar o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da
criança com microcefalia, o Ministério da Saúde desenvolveu o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de
Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. O
documento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de
saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da
gestante e do bebê.
http://ihene.com.br/imagens/microcefalia/bebe-microcefalia.jpg
O
Protocolo define também as diretrizes para a estimulação precoce dos nascidos
com microcefalia. Todas as crianças com esta malformação congênita confirmada
deverão ser inseridas no Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento
até os três anos de idade, período em que o cérebro se desenvolve mais
rapidamente. A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada
criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica,
comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela
microcefalia.
http://www.portalsuldabahia.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Microcefalia1.jpg
Os nascidos com microcefalia receberão
a estimulação precoce em serviços de reabilitação distribuídos em todo o país,
nos Centros Especializados de Reabilitação (CER), Núcleo de Apoio à Saúde da
Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de Recém-Nascidos.
Pelo relatado dos
casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia
tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. No entanto, o
cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes
aegypti é para todo o
período da gestação.
O MS ainda reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.
Para acelerar os estudos contra o vírus Zika e suas variações o Instituto Oswaldo Cruz, Instituto Pasteur da
França e USP firmaram parceria para linha de pesquisa em doenças infecciosas na
emergência da Saúde Pública. Acredito que seja um salto na história da Ciência para descoberta de alguma vacina ou medicação eficaz contra o Zika.
Outros vírus parecidos
com o Zika geram imunidade para a vida inteira. Quem já teve dengue pelo vírus
1, por exemplo, não voltará a ter pelo mesmo vírus. O mesmo acontece com a
febre amarela. Porém, ainda não há estudos suficientes para afirmar isso em
relação ao vírus Zika.
https://www.youtube.com/watch?v=F_ccvvZTNhw
O melhor a se fazer é trabalhar na comunidade a conscientização. Divulgando os meios de combate ao mosquito Aedes aegypti. Assim, cuidando do nosso e instruindo o vizinho ao lado eliminaremos o dispersor destas doenças.
Dúvidas, ligue no Disque Saúde 136 e peça orientações.
Até breve!
Abraços,
Ângela Bernardo
Bióloga
Fonte:
http://combateaedes.saude.gov.br/tira-duvidas
http://combateaedes.saude.gov.br/images/pdf/informe_microcefalia_epidemiologico15.pdf
http://www.blog.saude.gov.br/combate-ao-aedes-home.html
http://www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.1182331.1454241706!image/image.jpg_gen/derivatives/main-single-horizontal-img-article-fit_620/image.jpg
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